Autora: Kiera Cass
Páginas: 368
Série: A Seleção (#1)
Editora: Seguinte
Sinopse: Para trinta e cinco garotas, a Seleção é a chance de suas
vidas. A oportunidade de escapar da vida estabelecida para elas desde o
nascimento. Entrar em um mundo de vestido brilhantes e joias de valor
inestimável. De viver em um palácio e competir pelo coração do lindo Príncipe
Maxon. Mas para America Singer, ser Selecionada é um pesadelo. Isso significa
virar as costas para seu amor secreto com Aspen, que é de uma casta menor que a
dela. Deixar sua casa para entrar em uma competição acirrada por uma coroa que
ela não quer. Viver em um palácio constantemente ameaçado por rebeldes
violentos. Então, America conhece Príncipe Maxon. Gradualmente, ela começa a
questionar todos os planos que fez para si mesma- e percebe que a vida que ela
sempre sonhou não é nada comparada com o futuro que ela nunca imaginou.
Algo em sua voz me abalou. Não havia nenhum traço de sarcasmo. Aquilo que parecia pouco mais que um programa de tv para mim era a única chance que o príncipe tinha de ser feliz. Ele não podia pedir um segundo lote de mulheres. Bom, talvez pudesse, mas seria vergonhoso. Estava tão desesperado, tão esperançoso... Senti minha raiva por ele diminuir. Um pouco. (Página: 128)
A Kiera Cass criou uma história maravilhosa,
sou apaixonada pela trama, pelos personagens (principalmente pelo Maxon).
Trata-se de uma distopia, onde o mundo é dividido em castas, como lá na Índia,
mas a diferença é que, cada casta possui seu papel na sociedade, a realeza, por
exemplo, é um e tipo, a personagem feminina, América, é uma cinco. O reino de
Illéa tem uma tradição que o herdeiro do trono se case com uma filha legitima
de Illéa, como assim?! O príncipe ou a princesa, só deve se casar com alguém do
mesmo reino, independente da casta, aí que entra a seleção. A seleção é nada
mais nada menos do que um concurso onde o príncipe Maxon irá escolher entre 35
concorrentes a sua esposa, as candidatas são selecionadas em um sorteio e vão
morar no palácio com a família real, na intenção de conquistar o príncipe e se
tornar a futura rainha de Illéa.
MAXON, assim com letra
maiúscula e com bastante euforia, porque ele é simplesmente um amor, de vomitar
arco-íris e sonhar com unicórnios. Como todos os herdeiros, ele está submetido
a passar pela seleção (35 mulheres para um homem, arrasou Max), ele faz tudo
para agradar seu pai, que é um monstro por sinal, essa seleção acontece meio
que para frear alguns ataques rebeldes, ideia dada pelo rei, que usa o Maxon como
um boneco, que ele manda e desmanda sem se importar com os sentimentos do
filho, que é uma pessoa incrível, com uma visão de mundo totalmente diferente,
com sonhos, que almeja encontrar alguém que faça seu coração bater mais forte e
que sinta realmente amor, não um casamento “arranjado“.
América, é da casta dos artistas,
não tem ambições e nem deseja nada grandioso, devido às dificuldades que as
castas inferiores passam, ela ajuda seus pais a manter a casa. Então quando é anunciada
que terá uma nova seleção, sua mãe fica toda animada, incentivando a América a
se inscrever, porque ela é linda, talentosa e tem grandes chances de chegar até
o final e blábláblá, mas ela não quer ir (por um motivo que não irei falar,
pois será spoiler) e por achar o Maxon uma pessoa superficial e babaca, então se
opõe de todas as maneiras possíveis contra a ideia. Só que depois de alguns
acontecimentos a América é meio que forçada a se inscrever, mas sem esperança
de ser selecionada, pois mulheres do país inteiro estão concorrendo, até que
por sorte ou destino, seu nome acaba sendo sorteado e sua vida muda totalmente.
A América se muda para o
palácio, onde conhece as outras candidatas e faz amizades verdadeiras e
extremamente importantes com algumas, ela também tem a chance de conhecer
melhor o Maxon (o primeiro encontro deles é incrivelmente desastroso e
engraçado), lá ela precisa se adaptar as novas rotinas e o mais difícil,
aprender a controlar seus sentimentos. Entre um evento e outro da seleção
acontecem ataques dos rebeldes, que são grupos que não apoiam a monarquia e que
estão sempre impondo de maneiras nada agradáveis suas ideias de governo.
Esse livro é muito
amorzinho, é o primeiro da série e você já se apaixona logo de cara, não tem
para onde correr. Ao longo da trama, o Maxon e a América constroem uma amizade
linda, um sente a necessidade de proteger e de cuidar do outro, que mds! O
mocinho se porta de uma maneira tão encantadora, que só dá vontade de abraçar
ele, por outro lado se tem a mocinha, que precisou ser forte do início ao fim e
é uma das coisas que mais cativa na leitura. Os ataques rebeldes dão um ar de
aventura que quebra um pouco a melosidade, traz umas reviravoltas legais e fica
um conjunto bom. Não posso falar muito sobre o envolvimento dos protagonistas
em si, pois o bom do livro é esse mistério de não saber, se eles ficam apenas
na amizade, se eles se apaixonam, se ela vai embora, se ele se apaixona por
outra selecionada, foi uma boa jogada da autora. Enfim, vale muito a pena ler,
mesmo que distopia às vezes confunda um pouco a nossa cabeça, o livro é
incrível com um fundo histórico, com romance, aventura, vestidos lindos, muita
comida e um príncipe fora de série que ocupa um lugar no meu top 10 de crushs
literários.